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Saiba mais sobre o teste da orelhinha

mar. 06, 2017

Os bebês já escutam ao nascer?

A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de nascer, por volta do quinto mês de gestação ele ouve a voz e os sons do corpo da mãe. É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a fala.

Como e quando é feito o teste da orelhinha?

Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no teste da orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê. O teste da orelhinha ou exame de emissões otoacústicas evocadas é o método mais moderno para constatar problemas auditivos nos recém-nascidos. É um programa mundial de avaliação da audição em recém-nascidos indicada para o diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua incidência, na população geral, é de 1 a 3 casos a cada 1000 nascidos vivos.

Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz, sendo registrado em um gráfico com o resultado do exame. É rápido, seguro e indolor. Este exame é feito ainda no hospital, com o bebê dormindo, a partir de 48 horas de vida, e leva em média 5 minutos. Caso não seja feito ainda na maternidade, o exame deve ser realizado nos primeiros 3 meses de vida do bebê, para que se possa detectar perdas auditivas precoces que dificultam o aprendizado da linguagem. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança sem perda auditiva.

O teste é obrigatório em todos os bebês?

O Teste da Orelhinha, chamado também de Triagem Auditiva Neonatal, é assegurado por lei municipal desde 2010 e todos os bebês devem fazer, para saber se está tudo bem com a audição. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças em cada 1.000 nascimentos, já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1.000 recém-nascidos. A avaliação Auditiva Neonatal limitada aos bebês de risco é capaz de identificar apenas 50% dos bebês com perda auditiva.

Sendo assim, todas as crianças devem passar pelo teste da orelhinha, mas algumas crianças apresentam alguns fatores de risco para surdez e estas crianças com fatores de risco devem ser avaliadas mais precocemente e passar por mais de uma avaliação para haver uma intervenção precoce e mais eficaz caso necessário. Os fatores de risco para surdez são: histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), antecedente de uso de medicamentos ototóxicos e etc.

O resultado é informado no final do exame juntamente com um protocolo de avaliação. Quando houver suspeita de deficiência a partir da triagem auditiva, a criança será encaminhada para avaliação otológica e audiológica completas.
Portanto, o Teste da Orelhinha é algo fundamental ao bebê, já que os problemas auditivos afetam a qualidade de vida da criança, interferindo no processo da fala e dificultando na socialização das crianças. Para que isso não aconteça, procure o pediatra quando houver alguma suspeita de perda auditiva no seu filho.

Dicas sobre o desenvolvimento da audição e da fala

  • 0 a 6 meses: O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.
  • 6 a 12 meses: Localiza imediatamente os sons de seu interesse e reage a sons suaves. O balbucio se intensifica e reconhece seu nome quando chamado;
  • 12 a 30 meses: Esse período varia do início da primeira palavra (mamãe) até o uso de sentenças simples (dá bola). Lógico que ainda é cedo, mas nunca incentive o filho a falar errado só porque fica bonitinho. Se a criança diz que o papai chegou de “calo”, corrija naturalmente dizendo que ele chegou de carro. O estímulo à pronúncia correta é fundamental no aprendizado desde cedo.


(Foto destaque: Freepik)

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